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No biênio, o PIB da Espanha cresceu 3,2% ao ano e mais de um milhão de empregos foram criados, o que levou a uma melhora na renda disponível bruta das famílias. Esta evolução favorável num contexto de baixas taxas de juro impulsionou a aquisição de habitação, que cresce a taxas de dois dígitos . Uma consequência disso é que a atividade relacionada à venda de moradias é muito vigorosa. De fato, o número de empresas dedicadas à atividade imobiliária cresceu 7% em 2016, um crescimento semelhante ao registado pelo emprego neste subsetor durante o biénio 2015-2016. Embora a evolução da compra de habitação seja muito positiva, o número de inícios de habitação apresenta uma recuperação muito mais gradual e ainda se encontra em níveis historicamente baixos. Sem dúvida, o legado da crise imobiliária, na forma de novo parque habitacional, representou um freio ao crescimento da construção residencial. De fato, o número de empresas dedicadas à construção de edifícios continua a diminuir, embora a um ritmo mais lento. No que diz respeito aos dados do emprego, os números são um pouco mais positivos: em 2016 o emprego aumentou 5,3%, embora seja de referir que, atualmente, este subsetor tem menos de metade dos filiados que registou em 2009 . Paralelamente, os resultados financeiros das empresas do setor imobiliário evidenciam esta evolução desigual entre os setores dedicados à comercialização e à construção. Enquanto os lucros agregados das empresas cotadas dedicadas à construção aumentaram 18% em 2016, embora ainda no vermelho, as empresas focadas na atividade comercial obtiveram um lucro quatro vezes superior ao de 2015. Esta melhoria na rentabilidade também é observada para o número total de empresas do setor.
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